Era pedra cantada desde o encontro realizado no início da semana em Brasília: PDT e PSB não conseguiram chegar a um acordo para concorrer aliados na eleição de outubro. Como nenhum dos dois aceitou abrir mão da cabeça de chapa, Beto Albuquerque deverá ter a candidatura a governador confirmada na convenção deste sábado (23) e Vieira da Cunha será homologado pelo PDT no dia 30 de julho.
— Não temos nenhuma divergência profunda, mas não foi possível chegar a um acordo. Faremos uma campanha respeitosa — disse o presidente do PDT, Ciro Simoni, à coluna.
Se até a convenção não surgir um candidato de outro partido a vice, o PDT poderá deixar a indicação para a executiva estadual, até 5 de agosto. O mesmo ocorrerá em relação ao Senado. Apesar da dificuldade de viabilizar uma candidatura competitiva a tão pouco tempo da eleição, Ciro diz que um partido do tamanho do PDT dificilmente deixaria a vaga em aberto. Caso isso ocorra, será para evitar a pulverização de recursos, já que o fundo eleitoral do PDT mal dá para bancar as candidaturas de Ciro, dos concorrentes a governador, deputado estadual e federal em todo o Brasil.
De acordo com Beto, faltou encontrar um critério comum e com antecedência para definir o candidato, já que pesquisas encomendas pelos partidos não foram consideradas. O PDT tem uma, o PSB tem outra, e os resultados são divergentes.
— Vamos manter candidatura própria. Serão dados à executiva estadual poderes para coordenar os próximos passos, incluindo o fechamento da chapa de governador e vice.
Se depender de opinião de Beto, que participará da convenção em modo remoto, porque está com covid, o PSB não terá candidato ao Senado. Essa estratégia foi adotada também pelo Partido Novo, que não quer gastar os escassos recursos com uma disputa ao Senado, que não é prioritária.
— Creio que seja mais inteligente focar no Piratini — diz Beto.