O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O pré-candidato a governador do PT, Edegar Pretto, reuniu-se nesta quinta-feira (12) com Manuela D'Ávila (PCdoB) para debater o cenário político no Estado e uma possível candidatura da ex-deputada ao Senado. Manuela é apontada como principal aposta da esquerda para disputar a única vaga para senador na eleição de outubro. Em março, a ex-deputada foi convidada formalmente por Pretto para concorrer ao Senado em sua chapa, mas ainda não indicou se irá aceitar a missão.
— Eu e a Manuela conversamos todas as semanas. Ela tem expressado o desejo de formar uma frente ampla no Rio Grande do Sul. A candidatura dela vai depender do tamanho dessa frente que vamos conseguir organizar — explica Pretto.
Até o momento, já estão definidas as candidaturas para o Senado do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e da vereadora Nádia Gerhard (PP), no campo da direita. A ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD), que se define de centro, também deve concorrer. Já o senador Lasier Martins (Podemos) irá disputar a reeleição.
Nas últimas semanas, o PT vem tentando costurar uma aliança com o PSB, que lançou o ex-deputado Beto Albuquerque para concorrer ao Piratini, e o PSOL, que tem a pré-candidatura do vereador Pedro Ruas. As negociações incluem ainda o PDT, que não deverá mais ter o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, para a disputa.
O acordo entre os partidos de esquerda esbarra na dificuldade de construir uma candidatura de consenso. O PT não quer abrir mão da cabeça de chapa porque considera natural liderar o projeto (governou o Estado duas vezes). Beto argumenta que o PT deve abrir mão, já que terá Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula. Já o PSOL diz que, se os petistas quiserem se unir ao partido, basta apoiar Ruas e indicar Pretto como vice.
Enquanto a aliança segue distante, cada candidato mantém a agenda de pré-campanha. Na quarta-feira (11), o PT reuniu cerca de 400 pessoas e escolheu os coordenadores regionais da campanha de Pretto. Entre o final de maio e o início de julho, o partido irá fazer assembleias nas maiores cidades do Estado para escrever o plano de governo. Pretto diz que buscará o apoio de PSB, PSOL e PDT até o final das convenções, que ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto:
— Acredito na possibilidade de ter uma frente maior no Rio Grande do Sul. Se não for no primeiro turno, será no segundo. Eu serei o organizador do palanque do presidente Lula.