Pré-candidato do PT ao governo do Estado, o deputado Edegar Pretto formalizou convite nesta quinta-feira (17) para que a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) concorra ao Senado em sua chapa. O partido de Manuela já está confirmado na aliança de Pretto, visto que o PT formou uma federação com o PCdoB e o PV.
— Acredito na unidade do campo progressista aqui no Estado. Queremos organizar um potente palanque para o presidente Lula e eleger uma senadora na nossa chapa. E Manuela tem todas as possibilidades de representar o Rio Grande do Sul no Senado Federal — disse Pretto.
Os dois se encontraram em uma cafeteria no centro de Porto Alegre. Manuela agradeceu ao convite e disse a Pretto que vai conversar com a sua família e com o partido antes de anunciar a sua decisão sobre o seu futuro na política.
Nas eleições de 2020, Pretto foi um dos principais incentivadores da candidatura de Manuela à prefeitura de Porto Alegre. Ela foi derrotada por Sebastião Melo no segundo turno.
— O Edegar e eu somos muito amigos e temos afinidade e confiança política, mas estou fazendo essa reflexão e tomarei a decisão nos próximos 15 ou 20 dias— disse Manuela à coluna.
A ex-deputada está fazendo doutorado e, no tempo em que está sem mandato, dedica seu tempo à escrita (publicou três livros nos últimos anos) e à ONG "E se fosse você?". Se for candidata, será ao Senado. Se não for, será uma militante das candidaturas de Pretto e do ex-presidente Lula. Ela diz que não está blefando nem "valorizando" a decisão, mas refletindo sobre os prós e os contras:
— Tenho conversado muito com a minha família. Os últimos oito anos foram muito difíceis, sobretudo depois do nascimento da Laura, que, como eu, tem sido alvo dessas pessoas que destilam ódio nas redes sociais. Não é uma decisão simples, porque em caso de vitória envolve mudança de cidade, troca de escola para minha filha. Minha família sabe que é uma eleição importante e sei que o Duca (o marido, o músico Duca Leindecker) vai me apoiar nas escolhas, como sempre apoiou. Ele é meu maior parceiro.
Com base nas pesquisas encomendas por diferentes partidos, em que aparece sempre nas primeiras colocações para o Senado, o PT quer Manuela reforçando a chapa, mas ela é "gata escaldada" e sabe que os adversários não têm limite:
— Contribuí em duas eleições mais difíceis, mas não preciso ter mandato para ser feliz. Vivo a política há mais de 20 anos, mas construí uma vida profissional fora dela nesse tempo em que estou sem mandato. Sei que meu nome é o mais forte do meu campo, mas posso ajudar fazendo campanha. Derrotar Bolsonaro é questão fundamental para viver em paz no Brasil.
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