O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, anunciou no início da tarde desta quinta-feira (12) que seguirá no comando do clube até o fim do mandato, que se encerra em dezembro deste ano. Ele era cotado para ser candidato ao governo do Estado pelo PDT, mas agradeceu o convite do partido e garantiu que o foco neste momento é recolocar o clube na Série A.
— De fato, recebi um convite do meu partido. Que de uma maneira, vamos dizer assim, unânime, uníssona, fez o convite para eu concorrer ao governo do Estado. Como cidadão e militante, me sinto extremamente grato pelo convite. E não tem por que não ser assim. Isso é uma coisa importante. Sou muito grato ao PDT pelo convite. Mas, neste momento, disse que não poderia aceitar e vou concluir o mandato no Grêmio — afirmou Romildo, que explicou a decisão:
— Disse a eles que eu tinha um grande problema, porque o Grêmio não teve só vitórias. Também tivemos tropeços. E, neste momento, o mais importante é reconstruir o tropeço. O que está prevalecendo neste momento é o nosso gremismo. O que mais importa é ter a noção exata do que temos de recuperar e é isso que vamos fazer neste ano.
Caso decidisse concorrer ao Piratini, teria de se afastar das funções no clube até o dia 5 de agosto, quando se encerra o prazo para as inscrições das chapas dos partidos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até mesmo por conta da disputa da Série B, Romildo abriu mão de entrar na disputa pelo governo para focar no retorno do Grêmio à primeira divisão.
— Sou filiado a um partido e não vejo nisso nenhum crime ou desonra. Para estar no Grêmio em 2014 eu renunciei a presidência do PDT. Por quê? Naquele momento tinha missão de ser presidente do Grêmio e pretendo concluí-la. Recebi convite do meu partido para concorrer ao governo do Estado. Como cidadão e militante, me sinto extremamente orgulhoso desse convite. Sou muito grato ao PDT, mas disse a eles que não poderia aceitar, que vou cumprir meu compromisso com o Grêmio. Isso é definitivo — ressaltou o presidente.
Romildo Bolzan, porém, fez um mea-culpa. Antes mesmo de ser questionado sobre o tema, admitiu que deveria ter anunciado antes a recusa do convite do partido para o Executivo estadual. E garantiu que a decisão é definitiva.
— Podem perguntar por que demorou tanto para responder. Recebi o convite, fizemos uma situação de avaliação. E aqui faço um mea-culpa sincero, honesto. Acho que eu ter demorado a responder. Eu deveria ter encerrado este assunto antes. Às vezes, lamentavelmente, a gente erra. Mas, agora, esta é uma pauta encerrada, ultrapassada e definitiva. Estou dando este assunto por absolutamente encerrado — assegurou.