A indefinição se Romildo Bolzan sairá do Grêmio para concorrer ao Piratini pode se alongar por 86 dias. É o prazo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estipulou para que os partidos confirmem, em convenções partidárias, os candidatos aos pleitos em todas as esferas. Se aceitar o convite do PDT, o dirigente estará automaticamente afastado dos gabinetes da Arena até o encerramento do pleito partidário.
De acordo com o calendário divulgado pelo TSE, as assembleias das siglas devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto. Somente após este período que as inscrições das chapas serão registradas oficialmente pelo órgão, que posteriormente confirma a validade.
Bolzan é cortejado por dirigentes e é o principal nome pelo PDT para concorrer ao Palácio Piratini. Sempre que é questionado, ele não é definitivo e deixa a possibilidade em aberto.
Desta forma, o presidente, que está no cargo desde o começo de 2015, teria menos de três meses para seguir na função. O estatuto do clube é nítido e não abre brechas de interpretações distintas no artigo 81, terceiro parágrafo.
"Se o Membro do Conselho de Administração for candidato a cargo eletivo, a partir da homologação de seu nome pelo partido político ficará automaticamente licenciado do cargo ocupado no GRÊMIO até 30 (trinta) dias após o término do pleito", diz o estatuto.
Quem assume?
A interpretação do estatuto feita pelos dirigentes é de que o substituto na presidência será o vice eleito no Conselho de Administração com a matrícula associativa mais antiga. Logo, Duda Kroeff é quem assumiria o cargo. Ele tem vínculo desde julho de 1962, um mês antes de Adalberto Preis, que tem filiação desde agosto do mesmo ano.
Caso Kroeff, que foi presidente no biênio 2009-2010, não aceite assumir o cargo, Preis comandaria o clube durante a ausência de Romildo Bolzan. Assim, a indefinição sobre a saída ou não do atual presidente seguirá nas próximas semanas.