O presidente Romildo Bolzan confirmou nesta quinta-feira (12) que não será candidato ao Governo do Rio Grande do Sul. O dirigente gremista era o nome desejado pelo PDT para concorrer ao Piratini nas eleições do final deste ano, mas Bolzan optou por não aceitar o convite e definiu que cumprirá o mandato no Grêmio até o final.
— Sou filiado a um partido e não vejo nisso nenhum crime ou desonra. Para estar no Grêmio em 2014 eu renunciei a presidência do PDT. Por quê? Naquele momento tinha missão de ser presidente do Grêmio e pretendo concluí-la. Recebi convite do meu partido para concorrer ao governo do Estado. Como cidadão e militante, me sinto extremamente orgulhoso desse convite. Sou muito grato ao PDT, mas disse a eles que não poderia aceitar, que vou cumprir meu compromisso com o Grêmio. Isso é definitivo — garantiu Romildo.
A manifestação de Romildo Bolzan estava prevista para acontecer na próxima semana, antes da visita de Ciro Gomes ao Estado. O pré-candidato a presidente do PDT pretendia reforçar os apelos a Bolzan. Mas o comunicado foi antecipado por conta dos desdobramentos da semana com as críticas mais fortes em redes sociais pela atuação do departamento médico gremista no caso Ferreira.
O presidente Bolzan afirmou, em reunião do Conselho de Administração na última segunda (9), que não aceitaria o convite do PDT e que reafirmaria o compromisso de recolocar o Grêmio na elite do futebol brasileiro em seu último ano de gestão.
A torcida do Grêmio aumentou o volume das críticas na forma que Bolzan conduz a gestão do clube. A indefinição da candidatura ou não no último ano rendeu muitas cobranças pela possibilidade de divisão de foco entre o trabalho no clube e a presença de alguns políticos do PDT na direção.