Prometido desde o final do ano passado, o reajuste geral dos servidores públicos gaúchos será discutido no final da tarde desta quarta-feira (30), em reunião do Conselho de Estado, órgão integrado pelos chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria e do Tribunal de Contas do Estado.
Em um de seus últimos atos antes da renúncia, o governador Eduardo Leite apresentará os números suportáveis pelo Executivo e o impacto em cada poder ou órgão com autonomia administrativa e financeira.
A proposta deverá ser de um reajuste de 6%, sendo 1% retroativo a janeiro e o restante a partir do mês de abril. Pela lei, a correção deve ser igual para todos os servidores.
Os funcionários públicos estaduais estão, em sua maioria, sem reajuste salarial há sete anos. Conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicado nesta terça-feira (29), o Rio Grande do Sul é o único estado que ainda não divulgou o percentual de reajuste para os servidores públicos em 2022. Até o momento, apenas os professores foram contemplados com a reposição referente ao novo piso nacional do magistério.
Ainda será preciso definir se a correção também contemplará os magistrados, membros do Ministério Público e do Tribunal de Contas e os defensores públicos, que costumam receber correção dos subsídios quando aumentou a remuneração dos membros do Supremo Tribunal Federal.
O projeto deverá ser encaminhado à Assembleia pelo próprio Leite, em uma das últimas ações de seu governo. Na quinta-feira (31), ele formaliza a renúncia e passa o cargo de governador para Ranolfo Vieira Júnior.
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