Com público restrito, para evitar aglomeração, tomou posse nesta quarta-feira (19) o novo secretário estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, professor Alsones Balestrin. Ele substitui Luís Lamb, que estava no cargo deste o início do governo, mas pediu demissão por questões familiares: vai morar nos Estados Unidos, onde vivem sua esposa e a filha única.
— Decidi sair antes que a minha filha começasse a desenhar a família sem a figura do pai — brinca Lamb, que trabalhou com o sucessor em outros projetos de inovação.
Na despedida, o ex-secretário se emocionou ao lembrar dos momentos vividos nos últimos três anos, especialmente no Comitê Científico, que liderou ao longo da pandemia. Lamb disse que o governo gaúcho construiu nos últimos anos o maior programa de inovação regional do Brasil, o Inova RS:
— Representantes de mais de 180 municípios participam do programa, com oito regiões engajadas em colocar a inovação no centro da estratégia, agregando tecnologia à atividade econômica, para fomentar uma economia moderna baseada no conhecimento.
Balestrin disse estar honrado e entusiasmado com o desafio, e lembrou que recebe a pasta em um cenário bastante positivo:
— O secretário Lamb deixa a secretaria com projetos muito interessantes em andamento, e há ainda uma série de ações a serem lançadas. Quero colocar o meu conhecimento a serviço do Estado e gerar boas possibilidades de impacto da inovação, da ciência e da tecnologia na vida dos gaúchos.
O governador Eduardo Leite lembrou que a inovação sempre esteve no centro da estratégia de desenvolvimento do governo, e que por isso uma pasta específica para o setor foi recriada no início da gestão:
— Entendi que a inovação precisava de uma secretaria específica, trabalhando em sinergia com o desenvolvimento econômico e com outras áreas, como a Educação e a Agricultura.
Alertas já estavam no radar
Há duas semanas, os números já indicavam que o Rio Grande do Sul caminhava para o estado de alerta na maioria das regiões. A velocidade de crescimento dos casos de covid-19 só não assusta mais porque as internações, embora crescentes, não sobem no mesmo ritmo.
Analisando-se os gráficos e as tabelas divulgados pelo governo do Estado, fica claro que medidas terão de ser adotadas pelas prefeituras das regiões assinaladas em vermelho. Nove das 21 estão no máximo de casos confirmados na pandemia e sete se aproximam do topo.
Preocupa, também, o crescimento das internações de crianças com suspeita ou confirmação de covid-19, que subiram tanto em leitos clínicos quanto de UTI.
Especialistas alertam que, mesmo com a maioria da população vacinada, o que reduz os casos graves, o fato de existirem tantos contaminados ao mesmo tempo já começa a afetar os serviços de saúde porque os profissionais precisam se afastar quando testam positivo e quando alguém da família com quem convivem contrai o vírus.