Um plano estadual de atenção a mulheres que cumprem pena em presídios gaúchos e às egressas do sistema prisional foi lançado nesta quinta-feira (27) pelo governo do Estado, em cerimônia no Palácio Piratini. O objetivo do programa é atender necessidades e oferecer qualificação às 2,3 mil detentas que estão em estabelecimentos prisionais gaúchos, além das que deixarem as penitenciárias.
Um dos principais pilares do plano será ampliar o acesso à educação e a cursos de formação profissional. Também estão no rol de medidas a serem implementadas ações de atenção à saúde, assistência social e reforço dos laços com a família.
— Quando vamos a um presídio masculino, vemos muitas mulheres visitando os homens. Nos presídios femininos, em geral, só vemos mulheres visitando outras mulheres. Isso deixa-as em uma situação ainda mais vulnerável — descreve o secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild.
O secretário adianta que, no mês de março, deverá ser lançada uma cooperativa social formada por mulheres que estão no sistema prisional, fruto de uma parceria com a ONG Humanitas360.
— A ideia é que o artesanato e outros produtos desenvolvidos no sistema prisional, e também depois de egressas, possam ser comercializados através dessa cooperativa — destaca Hauschild.
Atualmente, há cinco estabelecimentos prisionais femininos no Estado – dois em Porto Alegre, um em Lajeado, Torres e Guaíba. Há, ainda, um a ser construído em Passo Fundo. O Estado trabalha também para viabilizar a construção de mais dois, em Frederico Westphalen e em Rio Pardo.
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