Se Affonso Celso Pastore, o “posto Ipiranga” de Sergio Moro é um crítico do presidente Jair Bolsonaro, o mesmo não pode dizer de seu guru na área de segurança pública e candidato a ministro da Justiça, o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Na CPI da Covid, Marcos do Val foi um dos principais defensores de Bolsonaro, ao lado dos senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS), Marcos Rogério (DEM-RO), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Jorginho Melo (PL-SC).
Na Wikipedia, Marcos Ribeiro do Val, 50 anos, se apresenta como instrutor, consultor e palestrante. Um trecho da extensa biografia diz: “O sucesso com as experiências iniciais de seu curso (de segurança), motivou do Val a difundir esses conhecimentos para policiais de outros países. No final da década de 1990, passou a trabalhar como instrutor da polícia de Dallas, Texas, nos EUA, nas unidades da SWAT(Special Weapons And Tactics), o grupo de elite da polícia norte americana. Nessa polícia, e mais tarde nas unidades de polícia de outras cidades americanas como Beaumont e Rowlett, dedicou-se a ministrar o curso “Super SWAT” voltado ao preparo para enfrentamento de situações críticas, com técnicas de invasão, abordagem, imobilização e combate, tendo inclusive acompanhado algumas operações”.
E continua: “Anos mais tarde, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S.Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da Nasa (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas”.
A história do instrutor virou tema de um livro chamado Um Brasileiro na SWAT, de autoria da jornalista Ana Lígia Lira, publicado em 2013. O livro essencialmente narra as experiências de Marcos nos EUA na sua atuação como instrutor de segurança pública, também descreve aspectos da juventude e dificuldades que enfrentou no início de sua carreira.