O PSB deverá formalizar no dia 4 de setembro, em evento no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, a pré-candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque a governador. Beto, que na eleição de 2018 fez 1.713.792 votos (16,23%) para senador, afirmou que está disposto a enfrentar o desafio, depois de receber um apelo da direção nacional do PSB para ser candidato.
— O cenário está totalmente aberto, mas para ser candidato, preciso ter a garantia de que não me faltará estrutura — disse o ex-deputado à coluna.
A direção nacional do PSB incluiu o apoio do PT no Rio Grande do Sul, no Espírito Santo e em Pernambuco no pacote que está sendo negociado para apoio ao ex-presidente Lula na eleição nacional. No Estado, o PT vem trabalhando com a ideia de lançar o deputado estadual Edegar Pretto, mas a prioridade do partido é a eleição de Lula.
O PSB encomendou uma pesquisa ao instituto IPO para avaliar a situação no Rio Grande do Sul, cujos resultados foram apresentados nesta sexta-feira (27) aos integrantes do partido, e a constatação foi de que há espaço para uma alternativa aos candidatos que já estão postos. Inicialmente, Beto pretendia disputar o Senado, mas a avaliação é de que esta será uma eleição mais difícil, dada a possibilidade de “figurões” como Ana Amélia Lemos e José Ivo Sartori pleitearem a única vaga do Rio Grande do Sul.
Como o governador Eduardo Leite não vai concorrer à reeleição e não tem um candidato natural à sua sucessão e está preso à prévia de 28 de novembro, e o MDB só escolherá o seu em dezembro, Beto acredita que pode conquistar terreno se apresentando três meses antes.
O deputado federal Heitor Schuch também conversou com o presidente nacional do PSB. Carlos Siqueira, e com o tesoureiro, Anselmo Piovesan, e os dois reafirmaram o interesse em lançar candidato próprio no Rio Grande do Sul.
Desde a redemocratização, o PSB só teve candidato próprio em três eleições e nunca chegou nem perto do segundo turno: Fúlvio Petracco (1986), Caleb de Oliveira (2002) e Beto Grill (2006).
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