A primeira etapa de uma auditoria que está sendo feita na folha de pagamento dos servidores de Porto Alegre identificou inconformidades que representam um custo extra de aproximadamente R$ 6 milhões por ano para o município. O levantamento está sendo feito por uma equipe da Controladoria-Geral do Município (CGM) e também indicou correções a serem feitas para evitar o desembolso de R$ 29 milhões anuais. Com isso, a economia total pode chegar aos R$ 35 milhões por ano.
Entre as irregularidades identificadas, estão casos de 87 servidores que recebem Gratificação de Incentivo à Arrecadação (GIA) e que ocupam cargos sem relação com a arrecadação municipal, como de telefonista, auxiliar de enfermagem e médico veterinário. Isso representa um custo extra de R$ 726 mil ao ano.
Ainda foram apontados 60 casos de professores que fazem jus à Gratificação de Difícil Acesso e que estão lotados em 17 escolas sem essa definição. O pagamento representa um aporte de R$ 174 mil anuais. Outros R$ 4,2 milhões por ano são usados para remunerar 45 servidores cedidos para órgãos externos em desconformidade às normas municipais.
A fim de impedir novos gastos, foram recomendados ajustes para evitar cobranças judiciais por desvio de função de 490 servidores e a possível incorporação de horas-extras por 1.052 funcionários.
A primeira fase da auditoria verificou apenas a folha dos 13,6 mil servidores ativos da administração direta. Os pagamentos a inativos e a funcionários de autarquias serão analisados nas próximas três etapas, que devem ser concluídas até o final do ano.
Nesta sexta-feira (30), o secretário da Transparência e Controladoria, Gustavo Ferenci, apresentou os resultados parciais na reunião semanal do secretariado. Segundo Ferenci, a previsão de economia com todas as etapas varia entre R$ 69 milhões e R$ 99 milhões por ano.
O controlador-geral do município, Sílvio Zago, que é auditor de carreira, afirma que esta é a primeira vez que a prefeitura realiza uma auditoria completa na folha dos servidores:
— A auditoria sempre existiu, mas não de maneira sistemática. Era feita eventualmente, em alguns órgãos. Sempre se olhou as árvores, não a floresta.
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.