Quando o placar de votações da Assembleia Legislativa foi aberto por volta das 20h de terça-feira (13), apenas um nome aparecia em vermelho: o de Patrícia Alba (MDB). A deputada foi a única a votar contra a revogação da lei que concede pensões a ex-governadores do Rio Grande do Sul. O projeto, do deputado Pedro Pereira (PSDB), passou com 49 votos favoráveis. Cinco parlamentares não votaram.
Questionada pela coluna, Patrícia disse que, no seu entender, a proposta é inócua, pois não produzirá efeitos sobre os benefícios que já estão sendo pagos. A mesma interpretação foi emitida pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
— Muitos deputados subiram na tribuna dizendo que não achavam (o projeto) justo, mas, na hora, votaram a favor, com medo de perder voto. Não estou aqui para fazer demagogia — declarou a parlamentar.
Ainda assim, no mérito, Patrícia disse que não concorda com a retirada do benefício dos políticos e das viúvas que recebem atualmente. A deputada defende que apenas os futuros ocupantes do Palácio Piratini deixem de receber a vantagem
— Economicamente, para o Rio Grande do Sul, não influencia em absolutamente nada. A política é feita de gestos, mas não se pode usar 14 pessoas (na verdade, são 13) com mais de 70 anos que hoje recebem esse valor para fazer média — completou a deputada.
O projeto aprovado pelos deputados revogou uma lei de 1979 que dispunha sobre o pagamento das pensões, mas não especificou o que deve ocorrer com as que atualmente estão sendo pagas. Na interpretação da PGE, os nove ex-governadores e as quatro viúvas que hoje recebem mensalmente a pensão de R$ 30,4 mil têm direito adquirido sobre o benefício.
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