A prefeitura de Porto Alegre errou a mão ao definir apenas dois postos para vacinar professores e trabalhadores das escolas privadas de Educação Infantil na quinta-feira (3), divididos conforme a primeira letra do nome. O resultado foi uma aglomeração incompatível com a necessidade de manter o distanciamento social, filas intermináveis e esgotamento da capacidade do posto do IAPI no início da tarde.
É fácil ser profeta do passado, mas teria sido mais lógico abrir mais postos ou pelo menos um drive-thru, que tiraria da fila os que têm carro. Os professores que não conseguiram se vacinar terão oportunidade nesta sexta-feira (4), mas o transtorno poderia ter sido evitado.
Não há lógica em fazer com que alguém que mora próximo a um posto tenha de cruzar a cidade para se vacinar em outro por causa da inicial do seu nome. Pelo resultado, esse critério deverá ser abandonado definitivamente.
Pior do que as filas onde houve vacinação foi fechar os postos no feriado, como fizeram dezenas de municípios, mesmo tendo vacina em estoque. Porto Alegre não aplicou segunda dose, mas outros municípios da Região Metropolitana e do Interior simplesmente suspenderam o serviço.
O Estado também perdeu um dia e só distribuirá nesta sexta as vacinas que chegaram na quarta-feira (2). A explicação é que nem todas as prefeituras tinham funcionários para receber a sua cota.