Os deputados federais Henrique Fontana e Elvino Bohn Gass, ambos do PT, protocolaram na Câmara um projeto para suspender a prova de vida de aposentados, pensionistas e demais segurados do INSS durante a pandemia. O objetivo é reduzir o risco de contaminação pela covid-19 ao evitar o contato presencial com outras pessoas.
O projeto define março de 2022 como prazo para que a exigência volte a ser efetivamente exigida pelo INSS. Pela proposta, o governo não poderá bloquear ou suspender pagamentos de benefícios previdenciários nesse período.
O INSS suspendeu a exigência da prova de vida em março do ano passado, mas voltou a exigir o procedimento a partir de 1º de junho. O prazo limite é 30 de setembro para os aposentados, pensionistas e anistiados políticos.
Nesta semana, o INSS ampliou a possibilidade de realização da prova de vida por meio da plataforma online Meu INSS e pelo telefone 135, mas nem todos os beneficiários têm acesso à internet ou a facilidade de lidar com a tecnologia para efetivar o procedimento à distância.
Ex-deputado perdeu pai
Foi ao sair de casa para fazer a prova de vida, para que pudesse continuar recebendo a aposentadoria de R$ 1,4 mil do INSS, que o pai do ex-deputado Beto Albuquerque (PSB) contraiu a covid-19. Dias depois, Telmo Lopes de Albuquerque, de 85 anos, faleceu em decorrência da doença em Passo Fundo.
No último domingo, Beto fez um apelo ao INSS e um alerta para quem tem idosos na família:
— É preciso suspender imediatamente essa exigência de os aposentados irem aos bancos para provar que estão vivos. Meu pai foi fazer a prova de vida e encontrou a morte. É uma crueldade o que o governo está fazendo com os velhinhos.
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