Eleito por consenso presidente estadual do PSDB no fim de semana, o deputado federal Lucas Redecker terá pela frente três desafios: reaproximar o partido da sociedade, costurar alianças para a eleição estadual de 2022 e garantir espaço ao governador Eduardo Leite nos debates da sucessão presidencial.
Redecker reconhece que o PSDB, como todos os outros partidos, vive uma crise de credibilidade aos olhos da população e precisa reagir:
– Temos que estar mais próximos dos prefeitos, dos vereadores e da população em geral, para entender seus anseios e buscar soluções.
Caberá a Redecker preparar o PSDB para a eleição de 2022. A meta é ampliar as bancadas estadual e federal e construir alianças que permitam manter o comando do Piratini. Ele acredita que há espaço para uma aliança com o MDB, já que os dois últimos governos têm projetos similares.
Como Leite não disputará a reeleição, Redecker cita quatro nomes que poderiam encabeçar a chapa: as prefeitas de Pelotas, Paula Mascarenhas, e de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, e o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que nunca disputou eleição. Ele se exclui da lista porque está decidido a concorrer a deputado federal. O problema dos prefeitos é que, para concorrer ao Piratini, qualquer um deles teria de renunciar ao segundo mandato, conquistado em 2020, um ano e três meses depois de assumir o cargo.
Na escolha do candidato a presidente, Redecker aposta em prévia com a participação de Leite, do governador de São Paulo, João Doria, do senador Tasso Jereissati e do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O deputado faz parte da comissão do PSDB encarregada de organizar a disputa interna.
— Como temos pelo menos quatro nomes, a prévia é o melhor caminho para escolher o candidato, mas deve ser um processo para a discussão de projeto e não para um ficar apontando os defeitos do outro. O PSDB precisa sair maior do que entrou – diz Redecker.
Podemos ganha 184 novos filiados
O Podemos, partido do senador Lasier Martins, promoveu no fim de semana um mutirão de filiações e ganhou 184 novos integrantes.
Para evitar aglomeração em ambiente fechado, o ato foi realizado no Largo Zumbi dos Palmares. Entre os filiados estão vários egressos do PTB, como o secretário Cássio Trogildo, os ex-vereadores Luciano Marcantônio, Mário Manfro, Rafão Oliveira, Paulo Brum e Doutor Goulart, além do ex-presidente municipal Everton Braz, chefe de gabinete do deputado Maurício Dziedricki, que aguarda a prometida carta de alforria de Roberto Jefferson, para entrar no Podemos.
Kelly Moraes não sai agora do PTB
A deputada estadual Kelly Moraes informa que não procedem as especulações de companheiros de partido de que ela deixará o PTB nesta semana, com o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior.
Kelly diz que só sairá do PTB junto com o deputado federal Marcelo Moraes, se esta for a decisão da família. Neste caso, os dois irão para o mesmo partido, mantendo a tradição familiar, e disputarão a reeleição em dobradinha.
No PSDB, a expectativa é conquistar, além de Ranolfo, pelo menos dois deputados estaduais do PTB – Aloisio Classmann e Luís Augusto Lara – e os ex-prefeitos Luiz Carlos Busato (Canoas) e José Sperotto (Guaíba).