Com 1.824 instituições filiadas em todo o país, a Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas está pedindo ao Ministério da Saúde um reforço de orçamento de R$ 3,341 bilhões nos próximos seis meses, para fazer frente ao aumento de gastos com os pacientes da covid-19. Na carta encaminhada ao ministro Marcelo Queiroga, com quem a confederação pleiteia uma audiência para os próximos dias, os representantes dos hospitais informam que as entidades filantrópicas respondem por mais de 50% da assistência SUS no país e mais de 70% na alta complexidade.
O deputado Jerônimo Goergen (PP) acertou nesta segunda-feira (5) um encontro dos dirigentes de Santas Casas e hospitais filantrópicos com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e solicitou agenda com o ministro da Saúde e com o presidente da Câmara, Arthur Lira. O senador Luis Carlos Heinze e o deputado Pedro Westphalen participarão do encontro com Pacheco e das outras audiências, se forem confirmadas.
No documento de quatro páginas e 11 “considerando”, os hospitais filantrópicos informam ao ministro que a rede oferece aos brasileiros 170 mil leitos hospitalares, dos quais 127 mil conveniados com o SUS, sendo 24 mil de terapia intensiva.
No caso do Rio Grande do Sul, diz a carta, os 238 hospitais filantrópicos respondem por mais de 80% da assistência, com 2.018 leitos UTI covid.
Os dirigentes alertam que a o cenário devastador da nova onda de coronavírus está conduzindo as instituições para o colapso financeiro. O documento diz que uma diária de UTI covid numa instituição de grande porte custa R$ 3,4 mil e uma de médico porte, R$ 2,8 mil mas só recebem R$ 1,6 mil do SUS. Nos leitos clínicos e de enfermaria, o custo é de R$ 2,1 mil e a remuneração, de R$ 1,5 mil.
A carta cita cinco pontos que tiveram aumento exponencial dos custos em geral: insumos hospitalares (anestésicos, antibióticos e oxigênio), equipamentos de proteção individual, adequação de estruturas, investimentos em tecnologia e descarte de resíduos.
Agrega que os gastos com recursos humanos também dispararam, pela diversidade de categorias profissionais exigidas no atendimento aos pacientes da covid, o custo com horas extras, as contratações temporárias, a insalubridade em grau máximo e o alto índice de afastamento de profissionais pela doença.
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