Diante da disposição do governo do Estado em retomar as aulas presenciais, que provocou um impasse com o Judiciário, o Cpers- Sindicato, representante dos professores da rede estadual, intensificou a cobrança por um calendário de vacinação para os profissionais da educação. Nesta segunda-feira (26), a direção do sindicato entregou um ofício ao governo solicitando uma previsão para a imunização de professores e servidores de escola.
— Outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, já estão vacinando os professores. O que o Rio Grande do Sul tem de diferente? — questiona o vice-presidente do Cpers, Edson Garcia.
Apesar de já ter demonstrado interesse em vacinar os professores imediatamente, o Piratini entende que não há segurança jurídica para antecipar a imunização, passando à frente das pessoas com comorbidades, como fizeram outros Estados, e aguarda autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do Ministério da Saúde. O pedido para alterar a ordem da vacinação está sob análise do ministro Ricardo Lewandowski.
Depois de entregar o pedido ao Piratini, Garcia e a presidente do Cpers, Helenir Schurer, se reuniram com o líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), e com a deputada Sofia Cavedon (PT). Frederico prometeu agendar uma reunião com representantes do Executivo e do Legislativo, na qual o pedido do sindicato será discutido.
Pré-agendado para quarta-feira (27), o encontro deverá reunir as secretárias estaduais de Saúde, Arita Bergmann, e Educação, Raquel Teixeira, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, e representantes das comissões de Saúde e Educação da Assembleia, além da direção do Cpers e do chefe da Casa Civil, Artur Lemos. A participação do governador Eduardo Leite, que está em Brasília, por videoconferência, não está descartada.
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