Depois de percorrer as instalações do Hospital Porto Alegre, no final da tarde desta quinta-feira (18), o secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta, saiu convencido de que, nos próximos dias, os 80 leitos clínicos e os 18 de UTI poderão ser incorporados ao sistema da Capital para fazer frente ao aumento da demanda por internações. Sparta visitou todos os setores do hospital e aprovou as instalações:
— Fiquei muito bem impressionado. Temos um hospital completo, com equipes preparadas, que podem começar a receber pacientes tão logo seja assinada a contratualização.
A visita foi mediada pelo deputado estadual Thiago Duarte (DEM), que esteve no hospital pela manhã e assumiu a liderança do movimento pela contratação dos leitos.
— Fiquei chocado de ver que os grandes hospitais estão suspendendo cirurgias e temos essa estrutura ociosa, no coração de Porto Alegre, com equipes treinadas e equipamentos de última geração — disse o deputado à coluna.
O negócio interessa à prefeitura, que precisa ampliar a oferta de leitos, e ao hospital. Há duas semanas, o Porto Alegre está sem pacientes porque seu principal cliente, o Centro Clínico Gaúcho (CCG), construiu seu próprio hospital, na Rua Ramiro Barcelos, e rompeu o contrato com a Associação dos Funcionários Municipais, dona da instituição, que é gerida por uma associação de médicos.
Além dos leitos disponíveis, o Porto Alegre tem duas emergências (uma exclusiva para doenças respiratórias), salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem, banco de sangue e laboratório.
— Estamos prontos para ajudar a suprir a demanda por leitos. Temos equipe, estrutura física e vontade de trabalhar — disse o diretor-geral do Hospital Porto Alegre, Jair Dacás, médico intensivista que acompanha apreensivo a explosão da demanda no Estado.
Sparta recebeu a documentação do hospital e a repassou aos técnicos da Secretaria Municipal da Saúde para análise. Uma visita técnica deverá ser feita nesta sexta-feira para encaminhar a contratação de leitos, nos mesmos moldes dos convênios com instituições como o Vila Nova e a Santa Casa.
Também nesta sexta deve ser assinado o contrato com a Beneficência Portuguesa para oferta de mais 15 leitos de UTI e 63 de enfermaria. O documento está em análise na Procuradoria-Geral do Município.
— Não vamos ficar só nesses. Estamos negociando com outros hospitais para reabrir leitos para pacientes com covid que haviam sido desativados no final de 2020, quando a pandemia recuou — disse Sparta.
A Santa Casa é uma das instituições que devem ampliar a oferta de leitos para covid, restringindo o atendimento a outras doenças e suspendendo cirurgias eletivas.
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