Os gráficos mostrados pelo governador Eduardo Leite na entrevista em que anunciou o mapa das bandeiras para os próximos sete dias não deixam dúvida: a situação do Estado é delicada e exige o máximo de atenção diante do aumento de casos de coronavírus. São oito regiões em bandeira vermelha e nenhuma amarela.
Leite disse que não vê necessidade de novas restrições à atividade econômica, no momento, mas deixou o alerta de que a população precisa fazer sua parte. Disse que, “se não houver bom senso” e tiver de adotar restrições, tentará reduzir ao máximo o impacto na economia.
— Não estamos vivendo um momento de normalidade. Temos um vírus que circula entre nós e é importante que as pessoas não se aglomerem e reduzam os contatos. Não estamos pedindo que fiquem trancadas em casa, pois sabemos que é importante que as pessoas circulem, para a saúde mental e para a economia, mas que, ao circularem, ajudem seguindo os protocolos. Assim, poderemos conviver com o vírus de forma segura até a chegada da vacina, sem sobrecarregar os hospitais — apelou no encerramento da live com os jornalistas.
As setas vermelhas que apontam o aumento do número de casos na maioria das regiões, algumas com ocupação de leitos de UTI semelhantes a agosto e setembro, os piores meses da pandemia, ilustram a preocupação do governador e da secretária da Saúde, Arita Bergmann. A boa notícia é que o número de mortos não disparou, embora tenha parado de cair. O Rio Grande do Sul ainda tem as menores taxas de letalidade e em nenhum momento houve falta de leitos.
Nesta segunda-feira foram inaugurados mais 20 leitos de UTI para pacientes com covid no Hospital Vila Nova, na zona sul de Porto Alegre. A orientação, segundo Arita, é que não sejam desativados leitos no Interior e na Capital.