O mapa do distanciamento controlado, divulgado nesta segunda-feira (23), traz oito regiões em bandeira vermelha no Rio Grande do Sul. A cor indica risco epidemiológico alto para o contágio por coronavírus. Outras 13 regiões estão classificadas em bandeira laranja, de risco médio. A classificação vale a partir desta terça-feira (24) até a próxima segunda (30).
Na sexta, o mapa preliminar indicava 13 regiões em bandeira vermelha. O Gabinete de Crise do Estado aceitou, nesta segunda, cinco pedidos de reconsideração enviados por municípios e associações regionais - de Santa Maria, Guaíba, Caxias do Sul, Porto Alegre e Lajeado. Por outro lado, a equipe técnica optou por rejeitar os pedidos das regiões de Novo Hamburgo, Passo Fundo e Uruguaiana.
Dessa forma, permanecem na cor vermelha as regiões de Uruguaiana, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Ijuí. Assim, o RS tem 3.970.735 habitantes, o que corresponde a 35% da população gaúcha (do total de 11,3 milhões de habitantes), na cor vermelha.
Em bandeira laranja estão as regiões de Santa Maria, Guaíba, Lajeado, Santo Ângelo, Santa Rosa, Cruz Alta, Bagé, Taquara, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Caxias do Sul e Porto Alegre.
Em relação a Porto Alegre, o governo do Estado afirma que a região "apresentou uma leve melhora na média ponderada (de 1,79 para 1,75) e tendência leve de crescimento das taxas de internação nos últimos dias". O Gabinete de Crise optou por manter a região em bandeira laranja, chamando atenção, no entanto, "para a relação de leitos livres por leitos ocupados por covid", que é a pior das últimas nove semanas na macrorregião Metropolitana, conforme o Executivo estadual.
"Não voltamos a normalidade", diz Eduardo Leite
Em material divulgado pelo governo nesta segunda, a equipe que faz o monitoramento dos dados alerta que "é preciso observar a evolução da doença na macrorregião Metropolitana, que concentra 4,4 milhões de habitantes, durante os próximos sete dias". O esgotamento desta macrorregião e região impactaria negativamente na resposta à pandemia em todo o RS, conforme o governo.
Devido ao aumento no números do coronavírus no Estado nos últimos dias, o governador Eduardo Leite voltou a apresentar os dados em pronunciamento ao vivo. A transmissão ocorreu na tarde desta segunda.
- Nós estamos chegando no verão. Naturalmente as pessoas querem mais confraternização, querem estar perto uma das outras, o clima é convidativo, mas é importante que as pessoas lembrem que nós não estamos em um momento de normalidade. Nós temos um vírus que circula, que está levando a um aumento no número de internações e é importante, portanto, que as pessoas não façam aglomerações em grandes grupos, que mantenham o distanciamento quando estiverem juntas e que reduzam os contatos - disse o governador durante a live.
- A gente sabe que é importante para a saúde mental, para a economia, que as pessoas circulem. Mas pedimos que façam isso com cuidado, sem grandes aglomerações, que façam respeitando os protocolos. Nós não voltamos a normalidade - complementou.
Das 21 regiões covid no Estado, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema compartilhado. As outras 18 já adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo e Taquara.
Regiões classificadas duas vezes em vermelho devem interromper atividades em escolas
Conforme regra definida na última semana pelo Gabinete de Crise, a abertura das escolas e a manutenção das atividades presenciais nos colégios não será interrompida com a classificação da região em bandeira vermelha durante uma semana. É necessário que a região ingresse na segunda semana consecutiva em bandeira vermelha para que as escolas não possam abrir em uma região ou, se já abertas, devam fechar.
As regiões de Novo Hamburgo, Canoas, Ijuí e Capão da Canoa foram classificadas pela segunda semana consecutiva em bandeira vermelha. De acordo com a nova regra, as escolas privadas e públicas deverão interromper as aulas que já estavam ocorrendo ou adiar o retorno, caso ainda não estivessem recebendo alunos de forma presencial.