O Brasil contabilizou 194 mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado no fim da tarde deste domingo (22) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, 169.183 pessoas morreram de covid-19, o segundo pior saldo do planeta e o equivalente à metade da população de Pelotas, na Região Sul gaúcha, onde vivem 343,1 mil pessoas.
O país também registrou 18.615 novas infecções neste domingo, o que eleva o total de contaminados para 6.071.401. Destes, 5.432.505 estão recuperados e 469,7 mil são casos ativos da doença.
O Rio Grande do Sul chegou, também neste domingo, a quase 6,5 mil mortos por coronavírus, como se toda a população de Cambará do Sul desaparecesse do mapa. O Estado tem o pior desempenho da Região Sul, mas o quinto melhor do Brasil em número proporcional de vítimas.
Em número de mortes, o Brasil está atrás somente dos Estados Unidos, que registraram mais de 250 mil vítimas por covid-19, até agora. Ao comparar as nações tendo em vista o tamanho de sua população, a mortalidade brasileira é a nona mais alta do planeta, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
O Brasil tem 80,5 mortos a cada 100 mil habitantes, um desempenho que só não é pior do que Bélgica (135,9), San Marino (127,3), Peru (111,1), Andorra (98,7), Espanha (91,2), Argentina (82,9), Reino Unido (82,3) e Itália (81,5).
Comparar o número de infectados entre os países é difícil porque países europeus investiram para ampliar a testagem, enquanto que, no Brasil, especialistas da área da saúde vêm apontando, desde o início da pandemia, que o governo brasileiro testa pouco a população. Na prática, isso dificulta conhecer a real gravidade da pandemia e prejudica a criação de políticas públicas que consigam conter o avanço da covid-19.