Sete anos se passaram desde que o Museu de Arte do Rio Grande do Sul elaborou um projeto de revitalização que inclui a climatização geral e a restauração do terraço, da cobertura superior e dos quatro torreões.
Apresentado ao governo federal em 2015, para enquadramento no PAC Cidades Históricas, o projeto finalmente vai sair do papel. Os R$ 4.779.896,62 foram depositados terça-feira (4) na conta do Estado.
A secretária de Cultura, Beatriz Araújo, recebeu a boa notícia em correspondência do deputado Ronaldo Santini (PTB), presidente da Frente Parlamentar da Cultura e Tradição Gaúcha na Câmara dos Deputados.
Anunciada em 2019, a verba é proveniente do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Santini intercedeu junto ao ministério para que o recurso fosse liberado com prioridade.
— O deputado Santini tem se mostrado um interlocutor importante para assuntos relevantes da cultura do Estado — elogia a secretária.
O processo licitatório já foi realizado e as obras devem durar cerca de seis meses, conforme estimativa inicial e preliminar do projeto. Os trabalhos serão supervisionados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).
Situado no centro histórico de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, o prédio onde o Margs funciona desde 1978 foi construído na década de 1910 para abrigar a Delegacia Fiscal. O imponente edifício, de quase 5 mil metros quadrados, foi encomendado à firma do engenheiro Rudolph Arhons com projeto do arquiteto alemão Theo Wiederspahn. Os ornamentos foram executados pela oficina de escultura de João Vicente Friedrichs, tendo como ornamentistas Victorio Livi e Franz Radermacker. Alfred Adloff foi o responsável pelas esculturas.
O prédio foi tombado pelo Iphan em 1981. Três anos mais tarde, a Subsecretaria de Cultura do Estado o reconheceu como de interesse público por seu valor histórico-arquitetônico. Passou, então, a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. Em 1985, foi contemplado com o tombamento definitivo em nível estadual.