O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Com um raro consenso em votações desse porte, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2021 foi aprovado nesta quarta-feira (15) pela Assembleia Legislativa. Após um acordo entre o Executivo e os demais poderes e órgãos autônomos do Estado para manter o mesmo orçamento de 2020, o texto prevê déficit de R$ 7,9 bilhões no próximo ano.
Votado em sessão remota, o projeto recebeu 53 votos favoráveis entre os 55 deputados - Issur Koch (PP) não conseguiu votar em razão de problemas de conexão, e o presidente da Casa, Ernani Polo (PP), só votaria em caso de empate.
Na discussão, o relator da proposta na Comissão de Finanças, Mateus Wesp (PSDB), frisou que a proposta é realista e lembrou que o pacto entre os poderes gerará economia de R$ 400 milhões.
Ao fim da votação, o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, disse que o resultado é fruto da “incansável disposição” do governador Eduardo Leite na busca do entendimento através do diálogo e elogiou os demais poderes.
— É uma importante demonstração de espírito público e de solidariedade dos demais poderes e órgãos autônomos do Estado, especialmente diante de uma situação como a que estamos vivendo. Mais uma vez, o protagonismo do parlamento gaúcho sela um fato histórico — afirmou Otomar.
Na mesma sessão, os deputados aprovaram a suspensão do recesso parlamentar de julho.