O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Ao participar da sessão plenária virtual desta segunda-feira (6) da Câmara de Vereadores, o prefeito Nelson Marchezan disse que Porto Alegre não precisa de hospitais de campanha para enfrentar a pandemia de coronavírus. Questionado por parlamentares sobre a possibilidade da instalação da estrutura temporária, o prefeito afirmou que o objetivo de sua gestão é ampliar o atendimento em locais que tornem-se permanentes para a cidade.
— Hospital de campanha não é necessário em Porto Alegre. Temos estrutura física para receber leitos e serviços. O hospital de campanha não é recomendado, a não ser em casos extremos. Ele não é um hospital, não oferece atendimento a um valor tão adequado e com serviços de tanta qualidade quanto um hospital, que foi construído para ser hospital - disse Marchezan, em resposta a questionamento da vereadora Cláudia Araújo (PSD).
Pouco antes, ao responder Márcio Bins Ely (PDT), o prefeito também apontou que o atendimento em hospitais de campanha é menos qualificado do que nos convencionais.
— Por que hospital de campanha, que é um local menos qualificado? Para fazer anúncio do hospital de campanha? Não é a característica nossa e nós não entendemos correto. Nós deixamos legado.
Marchezan solicitou espaço na sessão para pedir apoio dos vereadores ao novo pacote de projetos que será encaminhado à Câmara e apresentar dados sobre o combate à pandemia.
A participação do prefeito, no entanto, foi tomada por questionamentos e cobranças de parlamentares, inclusive da base do governo, sobre as medidas restritivas adotadas na Capital.