Para detalhar pontos do decreto estadual que colocou o Rio Grande do Sul em estado de calamidade pública e explicar medidas adotadas pela Secretaria Estadual da Saúde, o governador Eduardo Leite contatou, por teleconferência, prefeitos de 10 municípios do Estado no sábado (21).
Leite questionou os gestores municipais sobre comportamento da população diante dos decretos publicados pelo Estado e pelas prefeituras e sobre a estrutura disponibilizada para o atendimento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus e de casos graves da doença.
— A situação é séria, é grave, e precisamos muito do apoio dos prefeitos na ponta, nas restrições à população, e estamos aqui para ser acionados sempre que necessário para que possamos reduzir a transmissão e manter a situação dentro da capacidade de atendimento da nossa rede — disse Leite.
Além do receio de superlotação nos sistemas de saúde, os prefeitos relataram que parte da população ainda não se conscientizou que é preciso ficar em casa.
O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato (no monitor, na foto acima), disse que, apesar de declarar emergência e acionar carros de som para divulgar as restrições de circulação, a Guarda Municipal ainda encontra aglomerações em bairros no município.
— Precisamos de uma campanha ainda mais forte do governo do Estado, talvez até com imagens chocantes, para que as pessoas entendam — defendeu Busato, que deve decretar calamidade pública nesta segunda-feira (23) e restringir a circulação de ônibus.
Além de Busato, participaram da reunião os prefeitos de Pelotas, Cachoeirinha, Rio Grande, Novo Hamburgo, Santa Maria, Erechim, Bento Gonçalves, Sapucaia do Sul e São Leopoldo. A partir de desta segunda, Leite deve contatar gestores de outros municípios do Estado.