A expressão preocupada do governador Eduardo Leite, do vice, Ranolfo Vieira Júnior, e da secretária da Saúde, Arita Bergmann, em comunicado transmitido na sexta-feira (20) à noite reflete a tensão que tomou conta do governo com o aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus.
Todos no governo sabiam que era questão de dias para o Rio Grande do Sul atingir o estágio de transmissão comunitária do vírus. Significa que os novos casos não são de pessoas que viajaram ao Exterior ou que tiveram contato com viajantes.
Ao longo da semana, Porto Alegre já tinha atingido esse status. Agora, não só o Estado inteiro está nessa situação, como todo o Brasil. Aos 35 anos, cabe a Leite gerenciar a maior crise sanitária e econômica da história do Rio Grande do Sul.
A sexta-feira foi repleta de más notícias, com demissões em massa e paralisação da atividade econômica. Nesse quadro, o governador terá de adotar medidas extremas, além das já anunciadas tanto na área de saúde quanto em relação ao socorro a empresas.
O estado de calamidade exigirá a contribuição dos outros poderes. Não é razoável que o Judiciário mantenha intocada uma poupança de R$ 1 bilhão, quando o Executivo terá de arcar com aumentos de gastos para os quais não tem cobertura de receita. A arrecadação dos próximos meses vai despencar.
Hackers do bem
Programadores voluntários que quiserem emprestar seu talento ao desenvolvimento de soluções inovadoras para enfrentar a covid-19, podem se inscrever para a maratona que será realizada pelo Tecnosinos de 23 a 27 de março.
A diretora do Tecnosinos, Susana Kakuta, diz que o objetivo do hackaton é ajudar a desenvolver uma solução inovadora, voltada à saúde, para facilitar e melhorar o diagnóstico do novo coronavírus, a comunicação e a assistência médica.
Para evitar aglomerações, todo o trabalho das equipes será feito em modo remoto. O regulamento está disponível em https://bit.ly/HackathonCovid-19.