O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O Tribunal de Justiça negou, nesta quarta-feira (4), o pedido de liminar do Cpers para impedir o governo do Estado de cortar o ponto de professores em greve. Na alegação, os sindicato argumentava que a medida anunciada governador Eduardo Leite seria ilegal. O Cpers informou que vai recorrer da decisão ao plenário do TJ.
Ao analisar o pedido, o desembargador Glênio José Wasserstein Hekman, relator do mandado de segurança impetrado pela entidade, argumentou que, na prática, o corte ainda não existe e que o governo não estaria cometendo ilegalidade ao não pagar dias parados.
— O desconto dos dias não trabalhados em razão da greve é obrigação legal da administração pública e no caso não há nenhuma ilicitude a ser atribuída ao poder público que impeça o desconto, conforme reconhecido pelo Poder Judiciário — afirmou o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa.
Os professores estaduais estão em greve desde o dia 18 de novembro, em protesto contra o pacote de projetos encaminhado pelo governador à Assembleia. No dia 22, Leite anunciou que compensaria os dias parados apenas na primeira semana da greve.