Primeiro, os aliados
Antes de apresentar aos sindicatos as mudanças que vai propor na carreira dos servidores públicos, o governador Eduardo Leite reuniu os deputados da base aliada para justificar a necessidade de mudanças e explicar as premissas que norteiam as alterações: buscar o equilíbrio fiscal, aumentar a capacidade de investimento e qualificar a prestação de serviços. A economia prevista é de R$ 25 bilhões em 10 anos.
Os principais eixos das mudanças são o fim dos adicionais de tempo de serviço e da incorporação de funções gratificadas, o aumento da contribuição previdenciária para ativos e inativos e a redução dos incentivos de permanência para quem já cumpre os requisitos para se aposentar.
Novo plano para professores
Por ser a carreira com maior números de integrantes, o magistério foi o primeiro a conhecer as propostas. O novo plano de cargos e salários a ser discutido na Assembleia prevê cinco níveis e seis classes.
O salário inicial da carreira será o piso nacional (2.557,70 por 40 horas) e o último degrau, nível 5 (classe F), R$ 3.887,30.
A primeira reação do Cpers foi de rejeição, com a ameaça de greve assim que os projetos forem protocolados no Legislativo. O governo propõe também idade mínima para aposentadoria de professores, de 60 anos para homens e de 57 anos para mulheres.
Risco de vida menor
Na segurança, as principais mudanças previstas são o aumento da contribuição previdenciária (válido para os servidores de todos os poderes) e a mudança no cálculo do risco de vida. No caso da Brigada Militar, hoje é de 222% sobre todo o vencimento. No futuro, será calculado sobre o soldo.
Dirigentes sindicais reclamaram de o governo só ter apresentado lâminas com a síntese das propostas e não o texto que será encaminhado para votação.
Na geladeira de Trump
O governo dos Estados Unidos deu aval à entrada da Argentina e da Romênia na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e deixou o Brasil na geladeira. Trump e assessores afirmaram que o apoio ao Brasil está mantido, mas não há data para a indicação.
Do lado brasileiro, o discurso oficial é de que a Argentina, mesmo à beira de um colapso, foi indicada porque estava na fila antes.
Contracheque de R$ 118 mil
A divulgação do contracheque de março do presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Eduardo Duro, por servidores do tribunal que estão em greve, provocou uma onda de protestos pelas redes sociais. Naquele mês, Duro recebeu R$ 104,5 mil líquidos. A remuneração bruta chegou a R$ 118 mil. O TJ justificou o valor acima do teto pelo pagamento, por determinação do Tribunal de Contas, de férias vencidas e não gozadas pelo magistrado, que no mês passado recebeu R$ 82,8 mil brutos, sendo R$ 37.826,37 a título de "vantagens eventuais".