Um programa do governo federal dedicado ao desenvolvimento das crianças, que tem fortes raízes no Rio Grande do Sul, recebeu reconhecimento internacional nesta quarta-feira (4). O Criança Feliz, gerido pelo Ministério da Cidadania, foi selecionado entre as 15 iniciativas mais inovadoras do mundo pela Cúpula Mundial de Inovação para a Educação, no prêmio WISE Awards 2019.
Criado em 2016, durante o governo Michel Temer, o projeto repete a nível federal a estratégia bem-sucedida do Primeira Infância Melhor (PIM), iniciativa que nasceu em 2003 no Rio Grande do Sul e, pela relevância, tornou-se praticamente uma política de Estado.
Todos os governos, de Germano Rigotto (MDB) a José Ivo Sartori (MDB), passando por Yeda Crusius (PSDB) e Tarso Genro (PT), e agora com Eduardo Leite (PSDB), trataram o PIM com prioridade.
As premissas dos dois projetos são as mesmas: visitas periódicas de técnicos com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares, promover o desenvolvimento biológico, psicológico e social e garantir o acesso das crianças e gestantes às redes de saúde e assistência social.
Atualmente, o PIM atende cerca de quatro mil gestantes e 38 mil crianças. Dessas, cinco mil também estão na rede do Criança Feliz.
— Também nos sentimos reconhecidos com essa premiação — diz a coordenadora do PIM desde 2015, Gisele Mariuse da Silva.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, que era secretário estadual da Saúde quando o PIM foi criado e foi ministro do Desenvolvimento Social no lançamento do Criança Feliz, garante que o programa tem atenção especial também no governo de Jair Bolsonaro, inclusive com participação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
— Neste governo, mais que dobrou o número de atendimentos e vamos chegar a um milhão de crianças acompanhadas ainda esse ano — afirma Terra.
Além do reconhecimento, o programa, que já atende mais de 600 mil crianças de até seis anos em todo o país, receberá US$ 20 mil em premiação.