A Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, entidade gaúcha que atua na prevenção de acidentes de trânsito, protocolou um pedido de providências na Procuradoria da República do Rio Grande do Sul (Ministério Público Federal) sobre a suspensão do uso de radares móveis em rodovias federais, determinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A fundação argumenta que a medida põe em risco a vida dos brasileiros, já que o excesso de velocidade é uma das principais causas de morte no trânsito. Desde a tarde de quinta-feira (15), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não está operando com radares móveis em rodovias federais em todo o país.
“Sem estudos que comprovem e embasem tal decisão, entendemos o simples cancelamento da utilização deste instrumento central na atual estratégia de fiscalização, como inoportuno e potencialmente causador de risco às vidas dos motoristas e cidadãos que utilizam tais vias”, diz um trecho do documento.
A organização social foi fundada há 23 anos por Régis e Diza Gonzaga, atual diretora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS).
Nesta quinta-feira, em entrevista ao Estúdio Gaúcha, o diretor-geral do departamento, Enio Bacci, também demonstrou preocupação com a decisão do presidente.
— Ele está tirando o único instrumento que tínhamos para abordar aquele motorista que anda a 180 quilômetros por hora — disse Bacci.