Antes de ser formalizada, a possível indicação do ex-prefeito de Sentinela do Sul Marcus Vinícius de Almeida (PP) para a presidência do IPE-Prev enfrenta resistências dentro e fora da instituição.
A lei complementar 15.143/2018 exige que o presidente tenha, além de formação universitária, experiência na área de previdência, administração, economia, finanças, direito, contabilidade ou atuarial e certificação de profissionais do mercado financeiro.
Se seguir a lógica de que em time que está ganhando não se mexe, o governo manterá o atual presidente, o procurador José Guilherme Kliemann. Ele está no cargo desde abril de 2018. Profundo conhecedor das questões previdenciárias, Kliemann cumpre todos os requisitos exigidos para presidir um fundo previdenciário.
– O IPE existe desde 1931 e, apesar de se chamar “instituto de previdência” nunca administrou a aposentadoria nem teve autonomia sobre as pensões – disse ao assumir o cargo.
Marcus Vinícius passou a ser cogitado para o cargo depois que o PTB emplacou o sucessor de Rodrigo Lorenzoni (DEM) na Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios. Na formação do governo, ele havia sido cotado para essa secretaria, mas preferiu assumir o mandato de deputado, o que ocorreria com a ida de Dirceu Francison (PTB) para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Como não quis ceder os cargos do gabinete na Assembleia ao PTB, acabou ficando sem nada. Franciscon voltou para a Assembleia e Agostinho Meirelles, indicado pelo PTB, assumiu a secretaria que faz a relação com os prefeitos.
Pelo perfil de gestor, Marcus Vinícius poderia ocupar a presidência do IPE Saúde, apesar de não ser médico. A tendência, no entanto, é o governador Eduardo Leite convidar o médico Sérgio Santos Ruffini para o cargo que está sem titular desde a saída de João Gabbardo, hoje secretário executivo do Ministério da Saúde.
Marcus Vinícius disse à coluna que não foi sondado para cargo algum, mas confirmou ter recebido convite para vir a Porto Alegre na próxima semana, para conversar sorbe possível participação no governo.