Cambaleante, o sistema de saúde de Canoas vai ganhar reforços a partir desta segunda-feira (6): os hospitais Sírio Libanês, de São Paulo, e Moinhos de Vento, de Porto Alegre, foram chamados para colocar em ordem a administração do setor, que há um mês fora alvo de operação do Ministério Público. Sírio e Moinhos fazem parte do Programa de Diagnóstico de Gestão, projeto do Ministério da Saúde, que tem como objetivo analisar custos e contratos e instituir a otimização dos recursos humanos e de fluxo de pacientes dentro de hospitais.
A ajuda é financiada pelo governo federal e foi intermediada pelo ex-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha e pelo ex-ministro Gilberto Occhi, com quem o prefeito Luiz Carlos Busato conversou após a Justiça afastar o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) de suas funções na prefeitura de Canoas.
– Estamos desde o dia 12 de dezembro agindo pelas nossas próprias forças. Inúmeros problemas resolvemos, restabelecemos o estoque, pagamos os salários, mas agora queremos dar um salto de qualidade – explica Busato, que conheceu o programa de Diagnóstico de Gestão enquanto estava internado no Sírio, onde foi submetido a cirurgia para tratamento de um câncer.
Entre as pretensões da prefeitura e dos gestores, estão a diminuição do tempo de espera para atendimento nos hospitais, o esvaziamento dos corredores lotados e um melhor atendimento aos pacientes. Ficou combinado também que profissionais gestores do Grupo Hospitalar Conceição serão cedidos para as diretorias dos hospitais de Canoas. O Sírio Libanês e o Moinhos de Vento não são substitutos do Gamp e devem trabalhar na gestão da saúde de Canoas por cerca de 120 dias.
– Vão nos ajudar na elaboração do edital de licitação pra substituir o Gamp e a selecionar as melhores organizações para a cidade – afirma o prefeito.
Pacientes de cerca de 150 municípios são atendidos nos três hospitais de Canoas. Embora acolha a população de outras cidades, a prefeitura pagou com recursos próprios, em dezembro, o 13º salário e os vencimentos dos profissionais sob o guarda-chuva que antes era do Gamp.