A presidente do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), Michele Aparecida da Câmara Rosin, deixou a prisão. Ela está entre os oito denunciados por fraude no sistema de saúde de Canoas e cumpre prisão preventiva desde 6 de dezembro, durante operação do Ministério Público (MP).
A defesa dela obteve habeas corpus no plantão do Judiciário, que está em recesso até 6 de janeiro. O pedido já havia sido aceito em 19 de dezembro pelo juiz de 1ª instância de Canoas, mas o magistrado estipulou fiança de R$ 2 milhões, o que foi considerado excessivo pelo advogado Ricardo Breier.
O habeas corpus foi concedido pelo Tribunal de Justiça, com base em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que prevê prisão domiciliar para mães de crianças. Reduzida para R$ 20 mil, a fiança foi paga e Michele já está em casa.
Os promotores acreditam que Michele, que era diretora-financeira do Gamp à época da assinatura dos termos de fomento com a prefeitura de Canoas, exercia junto com os denunciados Cássio Souto dos Santos, Diego dos Santos Bastos e Marcelo Bósio o comando coletivo da organização criminosa. De acordo com a denúncia, foi ela quem atestou a capacidade técnica do Gamp durante o processo de chamamento público realizado pela prefeitura. Hoje, Michele é diretora-presidente do Gamp.