A liderança de José Fogaça (MDB) na pesquisa do Ibope, tecnicamente empatado com Paulo Paim (PT), indica que seus eleitores não estão fazendo a associação com o segundo nome da chapa, o ex-deputado Beto Albuquerque (PSB).
Fogaça tem 31%, Paim 30% e Beto, 19%. Na comparação com a semana passada, todos os candidatos ao Senado oscilaram dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Fogaça ficou onde estava, Paim subiu um ponto e Beto caiu dois. A margem para alteração do resultado é larga: 45% dos eleitores ainda não se definiram. Na primeira vaga, 16% estão dispostos a votar nulo ou em branco. Na segunda, 22%.
Na sexta-feira (21), Fogaça e Beto fizeram campanha ao lado do vice-governador José Paulo Cairoli na Fronteira Oeste, já que o governador José Ivo Sartori está fora de combate, recuperando-se de uma infecção respiratória. Na foto, o trio pede votos no calçadão de Uruguaiana.
Heinze estaciona nos 8%
A declaração de apoio a Jair Bolsonaro (PSL), contrariando a aliança formal do PP com o PSDB, não ajudou o candidato Luis Carlos Heinze a sair do limbo em que está desde a primeira pesquisa do Ibope.
Heinze tinha 7% na metade de agosto. Anunciou o apoio a Bolsonaro em 12 de setembro, na esperança de colar sua imagem à do presidenciável que lidera, com folga, as pesquisas no Rio Grande do Sul. Porém, a estratégia não funcionou, até porque na propaganda ele não cita o candidato do PSL.
Com 8%, o deputado do PP está em quinto lugar, atrás, inclusive, da candidata do PSL, Carmen Flores, que tem 9%. Em caso de vitória de Bolsonaro, Heinze é forte candidato a ministro da Agricultura.