O vereador Rodrigo Maroni (Pode) levou um puxão de orelha do presidente da Câmara, Valter Nagelstein (MDB), nesta quarta-feira (8), após ter se declarado candidato na tribuna do plenário, durante discussão de projetos da prefeitura de Porto Alegre. Valter disse aos colegas que, devido à lei, não podem anunciar que são candidatos ou pedir votos em suas falas na Câmara. As sessões são transmitidas na TV Câmara e a manifestação poderia ser encarada como propaganda eleitoral.
Na tribuna, depois de pedir desculpas a servidores públicos por ter se ausentado da sessão de segunda-feira, que apreciou o projeto da previdência complementar, Maroni entrou no assunto eleições:
— Eu sou candidato novamente, pré-candidato, agora candidato, já posso dizer, né? E sei que as eleições vão aparecer candidatos sempre com as soluções prontas, ideias, mas eu não sou daqueles políticos que acredita que a eleição justifica ou resolve a vida de ninguém. O que resolve a vida das pessoas é mais do que participar de um processo eleitoral de forma consciente.
O presidente da Câmara deixou o colega terminar a fala para alertá-lo de que a lei eleitoral proíbe manifestações desse tipo em sessões televisionadas, e pediu que esse trecho fosse retirado das notas taquigráficas. Maroni foi novamente ao microfone para responder:
— Desculpe, foi de mangolão.
Na próxima sexta-feira (10), a Câmara deverá divulgar resolução em que oficializa as regras na Casa durante a campanha eleitoral.