Com o acirramento dos ânimos entre deputados ex-aliados do Piratini e o MDB, as propostas de instalação das CPIs do Badesul e dos incentivos fiscais voltaram à pauta na Assembleia. O clima pesou depois do apoio dado pelo PSDB, PDT e PTB para sepultar o plebiscito sobre a privatização de estatais. Nas redes sociais, integrantes do atual governo do Estado publicaram críticas aos parlamentares que um dia fizeram parte da equipe do governador José Ivo Sartori.
Das 19 assinaturas necessárias para instalação da comissão que investigaria os incentivos fiscais dados pelo Estado a empresas, 15 já foram recolhidas. Nesta terça-feira (11), o proponente da CPI, deputado Luis Augusto Lara (PTB), deve recolher mais apoios, principalmente de colegas insatisfeitos com as manifestações dos governistas.
Já o processo para instalação da CPI do Badesul está mais adiantado. O proponente da comissão, Ênio Bacci (PDT), afirmou que faltam apenas duas assinaturas para encaminhar o requerimento à Mesa Diretora da Assembleia. Se instalado, o colegiado poderia investigar os empréstimos dados a empresas que deram um calote ao banco de fomento gaúcho.
Para criar uma CPI, é necessário o aval do presidente da Assembleia, Marlon Santos (PDT). Os proponentes dos inquéritos informaram que, pelo perfil de Marlon, é difícil que essas comissões saiam do papel em período pré-eleitoral.