O presidente do PMDB no Rio Grande do Sul, Alceu Moreira, informou ao líder do PSB, José Luiz Stédile, que a chapa encabeçada por José Ivo Sartori disponibilizará apenas uma das vagas do Senado aos peessebistas. A outra, explicou Alceu a Stédile, teria de ser destinada a outro partido aliado, para engrossar o apoio à reeleição do governador.
O imbróglio começou após filiação ao PSB do ex-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que deseja concorrer a uma das duas vagas ao Senado. Ex-presidente da legenda no Estado, Beto Albuquerque também já deixou claro que vai disputar o mesmo cargo.
Em seu perfil no Facebook, Fortunati justificou a insistência pela vaga: "Ao ingressar na reunião da Executiva Estadual fui comunicado pelo presidente Stédile de que a decisão para me acolher no partido como candidato ao Senado havia sido aprovada por UNANIMIDADE".
Já Beto ensaiou concorrer a deputado federal, mas voltou atrás, garantindo que não desistirá de sua antiga vontade de concorrer ao Senado. Alegou que, mesmo que uma das coligações ao governo do Estado abra espaço para as duas candidaturas, os dois políticos teriam dificuldades de angariar apoio, já que dividiria o PSB, o dinheiro e o espaço na TV e no rádio.
O candidato do PSDB ao Piratini, Eduardo Leite, já informou que aceita os dois na coligação, mas até agora não recebeu resposta. O PSB tem dois secretários na equipe de Sartori: Rogério Salazar, na Obras, e Tarcisio Minetto, na de Desenvolvimento Rural. A indicação de Salazar para a pasta de Obras, no lugar de Fabiano Pereira (PSB), é um indicativo de que os peessebistas continuarão apoiando Sartori, como fizeram em 2014.
Por enquanto, o impasse segue dentro do PSB. A expectativa é o partido decidir no sábado, dia 5, quem deverá ser o nome da legenda para o Senado.
Neste ano, duas vagas deverão ser preenchidas: a de Ana Amélia (PP) e Paulo Paim (PT). Os dois concorrem à reeleição.