Com o desembarque do PP do governo do Estado, iniciado nesta terça-feira (20), o PSB passa a ser o único partido com mais de um deputado na Assembleia Legislativa a permanecer na base aliada do governador José Ivo Sartori. Com três deputados estaduais, o PSB promete manter os debates internos sobre as coligação para as eleições no RS até o final de abril. Só então, conforme o presidente estadual da legenda, Jose Stédile, o partido define se deixa os cargos no governo ou se permanece com Sartori para aliança eleitoral.
O PSB ainda trabalha com três cenários de coligação: com PSDB, PDT e PMDB — tendo como principal pré-requisito a candidatura de Beto Albuquerque ao Senado. Segundo Stédile, nas primeiras quatro reuniões com lideranças do partido no interior do Estado, houve preferência por apoio à pré-candidatura de Eduardo Leite (PSDB) ou por candidatura própria.
— Já fizemos quatro de dez encontros, em São Borja, Santa Maria, Bagé e Cristal. As (teses) que mais apareceram foram de apoio a Eduardo Leite ou candidatura própria. Mas isso é em função das regiões ouvidas. Ainda não ouvimos o Norte do Estado, Região Metropolitana... Não dá para dizer que é uma tendência — afirmou.
Ideologicamente, o presidente do PSB no Estado admite que a aproximação é maior com Jairo Jorge (PDT), mas que isso não é o mais importante para a definição.
– O programa partidário do PDT é semelhante ao nosso (do PSB). Agora, temos várias divergências que interferem na decisão. Em muitos locais, a divergência não é com o Jairo (Jorge), mas com o PDT. Nós, hoje, estamos no governo Sartori que é centro-direita. Quem é mais direita: o PSDB ou o PMDB? Os dois são centro-direita – avalia.
A candidatura própria, apesar de sonhada por alguns integrantes do partido, é menos viável eleitoralmente. Além disso, segundo Stédile, Beto Albuquerque já comunicou ao partido que não disputará se não houver coligação forte que ofereça um mínimo de tempo de propaganda de rádio e TV.