O Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi o destino escolhido pelo ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati, que deixou o PDT no ano passado por divergências internas. Fortunati vinha sendo assediado por vários partidos, mas acabou escolhendo o PSB por afinidade ideológica e por achar que a filiação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa traz novos ares para a política.
Desde o início, o PSB era a opção preferencial de Fortunati, mas havia um empecilho: como o ex-deputado Beto Albuquerque também é pré-candidato ao Senado, o ex-prefeito entendia que não haveria vaga para os dois. Esse obstáculo foi removido.
— Definimos que a condição do PSB para integrar uma aliança é indicar nomes para as duas vagas do Senado. Beto e Fortunati serão os nossos candidatos — diz o presidente estadual do PSB, José Stédile.
Stédile, que vem sendo assediado por diferentes candidatos interessados no apoio do PSB, diz que pelo menos um deles está disposto a aceitar a condição. Embora não fale em nomes, a lógica indica que dois partidos poderiam aceitar essa condição: o PSDB de Eduardo Leite e o PDT de Jairo Jorge, embora persistam divergências entre Fortunati e dirigentes de seu antigo partido.
O PDT gostaria de ter Romildo Bolzan disputando o Senado, mas o presidente do Grêmio tem reiterado que não largará o clube para disputar eleição. As negociações do PSDB estão avançadas com o PTB, que indicaria Ranolfo Vieira Jr. como candidato a vice. Como nenhum dos dois partidos tem nomes fortes para o Senado, a aliança tem chances de prosperar.
O PMDB também gostaria de manter o PSB na aliança que dará sustentação à candidatura do governador José Ivo Sartori á reeleição, mas a oferta de duas vagas ao mesmo partido implicaria rifar o ex-governador Germano Rigotto, contrariando a vontade de prefeitos e vereadores. Com o PP a coligação é impossível, porque o partido terá Luis Carlos Heinze como candidato a governador e a senadora Ana Amélia Lemos disputando a reeleição.