Em almoço com jornalistas do Clube de Opinião, o governador José Ivo Sartori confirmou que o Banrisul é a única esperança de entrada de recursos no curto prazo para acabar com os atrasos no pagamento do funcionalismo.
São duas operações encaminhadas: a venda a Banrisul Cartões, em abril, e das ações que excedem o mínimo necessário para manter o banco sob controle estatal, mais adiante.
— Não vamos vender as ações a qualquer preço — disse Sartori.
A operação foi suspensa no final do ano passado porque a notícia de que o Estado não pretendia privatizar o banco derrubou o valor das ações.
Quem vai para a Casa Civil
Sempre que alguém pergunta ao governador José Ivo Sartori quem será o substituto de Fábio Branco, que deixa a Casa Civil no próximo dia 7 para concorrer à reeleição como deputado estadual, a resposta é curta:
Espera passar a Copa do Mundo e vamos ver no que dá.
JOSÉ IVO SARTORI,
Governador, ao ser questionado sobre a candidatura à reeleição e as negociações com os partidos aliados.
— Não se preocupem com a Casa Civil. Já tenho o nome.
Os secretários mais próximos juram não ter ideia de quem é o ungido.
Não será surpresa se o governador escolher o jornalista Cleber Benvegnú, a quem nomeou para a Secretaria de Comunicação no início do governo, sem conhecer pessoalmente. No ano passado, encantado com a habilidade de Benvegnú, levou o jornalista para o núcleo duro do governo.
Perfume sem banho
A troca do nome do PMDB por MDB, ainda não oficializada na Justiça Eleitoral, não agradou a líderes históricos do partido, a começar pelo senador Pedro Simon, que sempre usou o nome antigo.
— Não adianta só mudar o nome. O PMDB tem de tomar juízo e pagar pelos erros — reforçou o governador José Ivo Sartori, um tanto sem jeito, ao ser questionado sobre a prisão de pessoas do círculo íntimo do presidente Michel Temer.