Na convocação que fez para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 25, Jair Bolsonaro pediu a apoiadores que evitem levar faixas "contra quem quer que seja".
No momento em que as investigações da Polícia Federal (PF) sobre tentativa de golpe chegam a seu círculo mais próximo, qualquer inscrição reivindicando a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ou pedindo "intervenção", pode não apenas acirrar ânimos como também servir, no campo simbólico da opinião pública, como confissão.
O ex-presidente afirma que, no evento, deseja se defender "de todas as acusações que têm sido imputadas". Ainda que não tenha o controle sobre o que será dito ou gritado pelos apoiadores na Paulista, frases de seus seguidores serão entendidas como do próprio Bolsonaro.
No mesmo palco, em setembro de 2021, mais de um ano antes do pleito em que tentaria a reeleição, o então presidente chamou Moraes de “canalha” e afirmou que não iria cumprir suas determinações judiciais. Se repetir agora essas frases, pode se complicar ainda mais na Justiça.