O terceiro turno da eleição de 2022 se dará nesta quarta-feira (1º), na eleição para a presidência do Senado. Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tenta a reeleição diante do desafiante Rogério Marinho (PL-RN). A polarização, mais uma vez, da realizade brasileira atual se materializa em blocos à sombra do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex, Jair Bolsonaro. A estratégia do ex-ministro conside em tentar reduzir os danos causados a sua campanha pelos atos golpsitas do dia 8.
- Todos nós repudiamos a barbárie, a depredação - disse Marinho ao lado de líderes do PL, do PP e Republicanos. - Respeitamos a lei e a Constituição.
Pelo lado de Pacheco, que se mostrou à altura dos eventos traumáticos do dia 8, estão pesos-pesados do governo Lula, entre eles seus ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (MA), e da Ciência e Tecnologia, Márcio França (SP), que assinaram a carta da bancada da legenda no Senado.
Para vencer a disputa são necessários 41 votos dos 81 senadores em primeiro ou segundo turnos. Aliados de Pacheco dizem que ele tem ao menos 46, entre eles o do senador gaúcho Paulo Paim (PT). Luis Calor Heinze (PP) e o ex-presidente e senador a ser empossado hoje Hamilton Mourão (Republicanos) votarão em Marinho.
Enquanto na Câmara tudo indica que Arthur Lira (PP-AL) caminha para o segundo mandato, no Senado veremos a República das defecções, baseada na traição - ou seja, no voto de senadores que não seguem as orientações dos partidos. O senador eleito Sérgio Moro, do União Brasil, é um deles - votará no candidato bolsonarista, de um governo ao qual se desfiliou e ao qual seu partido, o União Brasil, integra, hoje, o ministério de Lula. No PSD de Pacheco, Nelsinho Trad (PSD-MS), Samuel Araújo (PSD-RO) e Lucas Barreto (PSD-AP) votarão na oposição. No PSDB, dois dos três senadores da bancada declararam voto em Marinho: Izalci Lucas (DF) e Alessandro Vieira (SE).