Passadas as cerimônias de posse e as eleições para as presidências de Câmara dos Deputados e Senado, deputados e senadores precisam colocar a mão na massa com celeridade.
Em curto prazo, há 27 medidas provisórias à espera de análise, 20 delas editadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro - uma delas fixa o salário mínimo em R$ 1.302 reais. Há outras MPs importantes, como a que mantém o Auxilio Brasil, rebatizado como Bolsa Família, em R$ 600; a medida que prorroga a desoneração dos combustíveis e a que aumenta o número de ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva de 23 para 37.
Três outras MPs são uma espécie de teste para o Planalto, porque podem gerar alguma insatisfação de parlamentares de centro e de centro-direita na base do governo Lula: a que restabelece o voto de qualidade no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a que transfere o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) do Banco Central para o Ministério da Fazenda, e a que extinguiu a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O Congresso ainda precisa avaliar 24 vetos presidenciais.
A médio prazo, o debate sobre o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária serão os principais desafios da nova legislatura.