Uma voz dissonante no grupo de chefes de Estado da cúpula foi a do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, que foi duro contra a "ideologização" do grupo de países.
- Não pode haver aqui um clube de amigos ideológicos. É na diversidade que estará a força dessa organização. Faremos mal ao colocarmos uma matiz ideológica na Celac. Cuidado com a tentação ideológica nos fóruns internacionais - afirmou o presidente de centro direita, em sua fala de 10 minutos.
Ele acrescentou:
- Há países aqui que não respeitam a democracia.
Após o discurso de Lacalle Pou, foi a vez de Nicolás Maduro, da Venezuela, que, por meio de vídeo, justificou sua ausência:
- Queria estar fisicamente (presente), como sempre estivemos e vamos estar. Mas diante das conspirações permanentes, a ameaça permanente, as emboscadas, tomei a decisão, acredito que mais correta, de não cair nas provocações que tentavam manchar esse momento tão especial para a América Latina e Caribe.
Maduro cancelou sua viagem a Buenos Aires na última hora alegando problemas de segurança. A oposição argentina, liderada pela presidente do PRO (centro-direita), Patrícia Bullrich, chegou a pedir a prisão de Maduro, por crimes de lesa-humanidade, caso ele pisasse no país.
Entre os 33 países que conformam a Celac estão Venezuela, Nicarágua e Cuba, governados por líderes autoritários.