Enquanto o mundo olhava para o Reino Unido, em meio aos rituais de despedida à rainha Elizabeth II e a ascensão de Charles ao trono, a guerra da Ucrânia vem apresentando novos e interessantes capítulos. Nos últimos dias, as forças ucranianas avançaram sobre posições russas na região nordeste do país, no que está sendo considerado o maior recuo das tropas do Kremlin desde a retirada da capital, Kiev.
O próprio governo da Rússia admite o avanço dos inimigos. Seus soldados se retiraram praticamente de toda a província de Kharkiv, depois que as tropas da Ucrânia avançou sobre Izium, um ponto ferroviário estratégico retomado pelo governo de Volodimir Zelensky.
A ofensiva ucraniana tem gerado críticas internas na Rússia, inclusive entre aliados do presidente Vladimir Putin.
A estratégia russa parece ser agora reagrupar tropas em Donetsk, uma das províncias separatistas da Ucrânia - e que o Kremlin reconhece como independente. A outra é Luhansk.
A Rússia ainda ocupa importantes cidades ucranianas, como Mariupol, Kherson e toda a península da Crimeia, anexada em 2014. Mas, sem dúvidas, há movimentações importantes no terreno - e uma virada de jogo pode estar começando.