A fragata Independência, que atua na costa do Líbano e que tem prestado apoio a feridos e embarcações danificadas na explosão de terça-feira (4) em Beirute, deve ser a última a integrar a força interina das Nações Unidas na região (Unifil).
Como informou a coluna no ano passado, a Marinha do Brasil recomendou ao Ministério da Defesa o encerramento do envio de embarcações e aeronaves para a missão de paz no Oriente Médio. A decisão tem como base uma análise política e estratégica envolvendo setores do Ministério da Defesa e do Itamaraty, que levam em conta os aspectos estratégicos, operacionais e logísticos, além do previsto na Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa.
Como mostrou GaúchaZH, no final de semana, os novos documentos geopolíticos brasileiros privilegiam o chamado entorno estratégico brasileiro, que é composto pela América do Sul, Atântico Sul, costa ocidental africana e Antártica. Além disso, a Marinha leva em conta os custos de manter a embarcação e tripulantes no Exterior.
À coluna, força naval brasileira, explicou que, mesmo com a retirada da embarcação, a Marinha mantém disponibilidade de seguir exercendo o comando da missão e enviando militares para comporem o estado-maior da Unifil.
Durante a explosão na região portuária de Beirute, esta semana, o navio brasileiro estava a 15 quilômetros do local e havia desatracado cerca de oito horas antes. Nos últimos dias, a Independência tem enviado equipes médicas e especialistas ao epicentro da destruição para apoiar no salvamento de feridos e para avaliar avarias em embarcações, como uma corveta de Bangladesh, que sofreu danos na tragédia.