Militares brasileiros a bordo da fragata Independência, da Marinha do Brasil, que participam da missão de paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil), têm apoiado a tripulação da corveta Bijoy, de Bangladesh, que também integra da operação da ONU e foi atingida pela explosão de terça-feira (4) no porto de Beirute. No total, pelo menos 137 pessoas morreram e mais de 5 mil ficaram feridas.
A embarcação sofreu avarias e pelo menos 40 militares bengalis ficaram feridos no episódio. Marinheiros em estado grave foram transportados para hospitais em Beirute e Saïda.
Na quarta-feira (5), a Independência enviou uma lancha com equipe médica para auxiliar os feridos da corveta. No grupo também estão especialistas em controle de avarias, que fizeram uma avaliação estrutural da embarcação. Conforme o comandante do navio brasileiro, capitão de mar e guerra Mauro Seco, a fragata da Marinha havia deixado o porto oito horas antes da explosão para realizar uma patrulha e estava localizada a 15 quilômetros no momento da tragédia. Nenhum militar brasileiro ficou ferido.
A missão de paz da ONU no Líbano foi criada em 1978 e conta com 12 mil militares de diversos países. O Brasil comanda a missão por meio de um navio com 250 marinheiros desde 2011.
Em 2012, estive embarcado em outra fragata da Marinha do Brasil, a União, à época encarregada da missão na costa do Líbano. Abaixo, algumas reportagens sobre o trabalho dos boinas azuis brasileiros na região.