Pelo jeito, as amostras de gelo retiradas da Antártica nos últimos 13 anos de pesquisas continuarão sendo guardadas em um frigorífico comercial, ao lado de caixas de pizza e frango. Ao se manifestar sobre a reportagem publicada na superedição de ZH, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) informou que não há planos para a construção do prédio do Centro Polar e Climático. O projeto anterior, que compreendia uma edificação em formato de barco (acima) orçada em R$ 9,7 milhões, não foi executado porque, segundo a universidade, o recurso existente não cobria o custo total da obra. Em nota, a UFRGS outros entraves: no local destinado para o prédio, “existia a entrada com reservatório de água que abastece o campus do Vale a partir da rede do Dmae.
A mesma área estava anteriormente destinada à construção da subestação de distribuição de energia elétrica para todo o campus do Vale (já com aprovação da CEEE e órgãos ambientais e recursos financeiros)”. A universidade informou que, para nova proposta, o custo do licenciamento ambiental está estimado em R$ 30 mil.
Apesar de ser pioneiro no país e referência mundial em pesquisas sobre a Antártica, o centro da UFRGS não tem uma câmara fria, que evitaria o derretimento das amostras. Por isso, há quatro anos, os registros ocupam as posições 180 e 183 de uma unidade de 8 mil metros quadrados na empresa Reiter Log.