Eu imaginava que Renato optaria por um esquema com três zagueiros para a decisão no Maracanã, inclusive, escrevi na coluna de segunda que, se tivesse a prancheta, também iria. Mas o que eu não imaginei é que ele fosse entregar o meio-campo ao adversário quando resolve tirar um dos meias da escalação inicial. Os primeiros 45 minutos do Grêmio foram de um time completamente tonto em campo.
Era cristalino que daria errado. O Fluminense construiu o placar do primeiro tempo ao natural. Amassou o Grêmio que, por vezes, não viu a cor da bola. Ainda tivemos sorte de terminar o primeiro tempo com 11 jogadores em campo, pois Dodi poderia ter sido expulso na situação do pênalti.
Juro que não consigo entender a titularidade de Pavon. Um atacante que há tempos não faz um gol, não dá uma assistência. Qual a explicação para tirar um meia, deixando três atacantes em campo? Villasanti fez uma das piores partidas com a camisa do Grêmio porque estava visivelmente sobrecarregado. A tranquilidade do meio-campo do Fluminense era nítida.
Quando Renato resolveu fazer as trocas no intervalo, o time melhorou consideravelmente. Foi um primeiro tempo inteiro jogado fora, determinante para a eliminação desta noite.
A queda da Copa do Brasil para o Corinthians já tinha sido pelas escolhas de Renato, quando morreu com duas substituições por fazer. A desta terça foi ainda mais dolorida pelo fato de ter construído uma pequena vantagem na partida de ida. Uma virada que nos permitiu sonhar. Mas, mais uma vez, fomos eliminados pelas escolhas do treinador. Quando se ganha, elogiamos. Quando se perde, é preciso responsabilizá-lo também.